domingo, 24 de outubro de 2010

Algumas quadras que tornaram Nostradamus o profeta mais interpretado (1)

Para além de quadras e presságios proféticos Nostradamus deixou, ainda, duas cartas: uma a seu filho Cesar e outra a Henrique (rei de França). Estas cartas, particularmente a 2ª, contêm também profecias, sendo uma espécie de resumo / alerta em relação a eventos futuros. Para quem se inicia na leitura das profecias de Nostradamus a primeira sensação é de desânimo e descrédito. As quadras são (quase) esotéricas e, por vezes, ininteligíveis. Para além disso, as quadras quase não têm menção a datas sendo, frequentemente, impossível associar a quadra que se lê a um período de tempo definido. Então porque razão há tanta gente a estudar e tentar interpretar e a acreditar nas profecias de Nostradamus? Na minha perspectiva o "crédito" concedido a Nostradamus advém de um acumular de pequenos detalhes presentes em várias (poucas) quadras. Por exemplo, estas quadras referentes (alegadamente) às perseguições efectuadas pela Inquisição aos astrónomos nos séculos XVI e XVII (tradução do livro de Jean Charles de Fontbrune):

Centúria IV, quadra 18: Dos mais letrados sob os feitos celestes / Serão por príncipes ignorantes reprovados / Punidos de Édito, expulsos como celerados / E mortos lá onde serão encontrados.

Centúria VIII, quadra 71: Crescerá o número tão grande dos Astrónomos / Expulsos, banidos e livros censurados: o ano mil seiscentos e sete por sagrado glomo / Que nenhum aos sagrados estará seguro.

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