sábado, 25 de junho de 2011

Profecia de Nostradamus normalmente relacionada com 11 de Setembro

Uma das profecias de Nostradamus que é relacionada com o ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001 é a Quadra 97 da Centúria VI (tradução de livro de Jean Charles de Fontbrune):

Cinco e quarenta graus céu arderá
Fogo aproximar da grande cidade nova
Instante grande chama esparsa saltará
Quando se quererá dos Normans fazer prova

Associar esta quadra a este ataque é, claramente, complexo. Um primeiro problema começa quanto à indicação da localização deste acontecimento.
A latitude indicada será 45º ou 40,5º? Estaremos a falar do paralelo Norte ou do paralelo Sul?
Efectivamente, Nova Iorque, situa-se no paralelo 40,5º Norte (aproximadamente) e, como tal, poderemos considerar como possibilidade que a "cidade nova" referida seja Nova Iorque.
Mas, seguramente, seria possível encontrar outra(s) cidades no paralelo 40,5º ou 45º para as quais fosse possível justificar o epíteto de "nova".
Para além disso, a descrição dos dois primeiros versos não parece coincidir com o ataque de 11 de Setembro.
Já quanto aos dois últimos versos é possível relacionar com a América do Norte se associarmos Normans a homens do Norte. Neste caso, o significado do último verso seria  algo como "quando se quiser fazer sofrer os homens do Norte".
A associação desta quadra a um evento em Nova Iorque ocorreu apenas após 2001. Jean Charles de Fontbrune, no seu livro escrito em 1980, associa esta quadra a Genebra (cidade com latitude próxima dos 45º) e Normans (homens do Norte) à União Soviética interpretando a quadra como um prenúncio de ataque soviético ao Ocidente.

domingo, 19 de junho de 2011

Outra quadra relacionada com Hercólubus?

Há outras quadras que parecem estar relacionadas com a Quadra 17, Centúria I analisada nos últimos dois posts.
É o caso da Quadra 34, Centúria III.

Quando a ausência do Sol então será
No pleno dia o monstro será visto
De modo totalmente diferente o interpretarão
Carestia não há cuidado, ninguém o terá previsto.

Jean Charles de Fontbrune associou esta quadra à queda da monarquia em França (revolução francesa iniciada em 1789) representando o "Sol" a monarquia e sendo Robespierre o "monstro".

Outros estudiosos da obra de Nostradamus fazem uma interpretação mais literal da quadra, sendo, neste caso, o "Sol" o astro rei do nosso sistema solar e o "monstro" o planeta designado por X, Hercólubus ou Nibiru.

A segunda parte da quadra é mais difícil de associar a uma ou outra interpretação, principalmente, por causa da frase "Carestia não há cuidado", tradução de livro de Jean Charles de Fontbrune, da expressão francesa "Cherté n'a garde". Mas outras traduções, eventualmente, mais adequadas podem ajudar a obter uma imagem mais consistente de toda a quadra. Assim, se substituirmos "Carestia não há cuidado" por "Preço alto pela desprotecção" ou "A ruína reinará", poderemos ter uma Quadra 34 da Centúria III com outra imagem global:

Quando a ausência do Sol então será
No pleno dia o monstro será visto
De modo totalmente diferente o interpretarão
Preço alto pela desprotecção, ninguém o terá previsto.

sábado, 11 de junho de 2011

Centúria I, Quadra 17 - será possível interpretar Nostradamus?

O último post demonstra a dificuldade de um "estudioso" das profecias de Nostradamus em interpretar cada uma das quadras da sua obra profética. Existe uma tendência de fazer uma "leitura" das quadras à luz dos acontecimentos que vivemos e/ou sobre os quais temos conhecimento adaptando, assim, a interpretação das quadras ao nosso presente.
Nostradamus (caso acreditemos que tinha o dom de "ver" o futuro) tinha uma visualização alargada do tempo desde o século XVI até ao século XXXVIII.
A interpretação 4 referida no anterior post é, como tal, a mais imediata. Efectivamente, em 1983, o IRAS (Infrared Astronomical Satellite) efectuou o primeiro registo da eventual existência de um novo planeta. A notícia foi dada pelo jornal Washington Post. “Foi encontrado, por um telescópio em órbita da Terra, um corpo celeste tão grande quanto Júpiter, que faz parte do nosso Sistema Solar. Ele estaria na direção da Constelação de Órion”. Em 1992, veio a confirmação da descoberta pelo cientista Robert Harrington, então diretor do Observatório Naval dos Estados Unidos. “A massa deste corpo celeste é quatro vezes maior do que a da Terra e trata-se, provavelmente, de uma estrela anã escura, cuja órbita a leva de um lado a outro do nosso Sistema Solar”, disse Harrington. Ainda em 1992, os sinais ficaram mais precisos. Um comunicado da NASA dava conta de que “desvios inexplicáveis nas órbitas de Urano e Neptuno apontavam para um grande corpo fora do Sistema Solar, de massa entre quatro a oito vezes a da Terra, numa órbita altamente inclinada e a mais de 11 bilhões de quilômetros do Sol”. O IRAS foi desactivado e outros satélites foram, entretanto, colocados no espaço sem que este registo tivesse sido confirmado.

sábado, 4 de junho de 2011

Interpretações diferentes para a Centúria I, Quadra 17

Quase todas as quadras proféticas de Nostradamus podem dar origem a diferentes interpretações. Eis um exemplo que deixo aos seguidores deste blogue (Centúria I, Quadra 17):

Por quarenta anos l'iris não aparecerá
Por quarenta anos todos os dias se fará visto
A terra árida crescerá em secura
E grandes dilúvios quando for percebido

Apresento, de seguida, 4 interpretações (haverá seguramente muitas mais) desta quadra:

Interpretação 1: A um período de guerra de 40 anos (guerras coloniais de 1830 a 1870) segue-se um período de felicidade de igual duração (a designada "belle époche" decorreu entre 1872 e 1914, o início da I Guerra Mundial). Esta interpretação parte do princípio que l'iris designa o arco-íris, símbolo de felicidade.

Interpretação 2: Evento a ocorrer em um futuro distante: O ciclo da Terra: Haverá 40 ciclos (uns 4.000 anos por ciclo) de seca (sem arco-iris) seguido de uns 40 ciclos de chuvas. A humanidade desequilibrará o meio ambiente. Em cada ciclo a humanidade tem sido extinta, tendo que recomeçar do zero. Ela já foi extinta algumas vezes. A última civilização foi a da Atlântida.


Interpretação 3: Por qualquer motivo durante 40 anos não conseguimos ver naves extraterrestres que nos observam mas, num determinado momento, iremos perceber que somos observados.


Interpretação 4: Iris refere-se ao planeta X (designado habitualmente por Nibiru) descoberto em 1982 mas que entretanto não conseguiremos observar durante 40 anos. O seu aparecimento repentino, 40 anos depois (portanto, em 2022) trará consequências para a Terra (grandes dilúvios).